Mito - Amaciar o motor requer vários cuidados.
Realidade - Não são poucos os motoristas que ainda dispensam ao carro novo cuidados exigidos décadas atrás, como não impor longos percursos nem atingir altos giros durante 3.000 ou 5.000 quilômetros. Hoje a regra é outra: basta evitar rotações acima de 3.000 rpm por 100 ou 200 km iniciais. Depois, pode-se explorar todo o regime de giros, o que ajuda até a não "amarrar" o motor.
Mito - Não permanecer parado com a primeira marcha engatada.
Realidade - Certas regras antigas perderam a validade com o desenvolvimento dos carros, mas ainda têm seguidores. Ao contrário do que muitos aconselham, permanecer parado (num semáforo, por exemplo) com a primeira marcha engatada e a embreagem toda acionada não desgasta as atuais embreagens, com platô de mola diafragmática ("chapéu chinês"), embora ocorresse nas antigas, com platô de seis ou nove molas helicoidais. A explicação é que a mola diafragmática fica com carga mínima quando o pedal está todo apertado, desta maneira não "cansando" a mola.
Mito - Rodar com pouco combustível faz aspirar a sujeira do tanque.
Realidade - Muitos não trafegam com pouco combustível por receio de que a sujeira do fundo do tanque seja aspirada, entupindo os filtros. Na verdade, como o tubo de captação ("pescador") fica próximo ao fundo, eventual sujeira seria aspirada mesmo com o tanque cheio até à boca.
Mito - Pneus novos devem ser usados sempre na dianteira.
Realidade - O hábito de manter os pneus mais desgastados na traseira pode levar a um comportamento perigoso em curvas com piso molhado. Se esse eixo escapar, o motorista terá de ter habilidade de piloto para corrigir a derrapagem. Por isso, é preferível uma escapada de dianteira, cuja correção é instintiva, bastando aliviar o acelerador e esterçar mais o volante para dentro da curva.
Mito - Lavagem com água e querosene resgata o brilho da pintura.
Realidade - O querosene só deve ser usado na pintura (de preferência diluído puro, só se necessário) para remover manchas de óleo, piche ou asfalto. Nas lavagens comuns o produto retira a proteção da cera que tenha sido aplicada e ainda resseca as borrachas, podendo causar infiltrações. O correto é lavar o carro com detergente ou xampu neutro, à sombra, e depois aplicar cera não-abrasiva, para proteger a pintura e facilitar a remoção da sujeira na próxima lavagem.
Mito - Para melhorar o desempenho, coloque bolinhas de naftalina no combustível.
Realidade - O objetivo dessa adição é aumentar a octanagem da gasolina, pois o naftaleno de que é feita é um hidrocarboneto aromático e, de fato, possui octanas. Só que para obter ganho perceptível seriam necessárias muitas bolinhas. E, afinal, são raros os motores que se beneficiam da maior octanagem. Resta o grande problema da "receita": os resíduos da naftalina se alojam nas câmaras de combustão e podem trazer sérios problemas ao motor.
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